MEU MUNDO
Henry Evaristo
Henry Evaristo
Acho que estou anestesiado em minha confusão
Preso num caleidoscópio de fúrias;
Paixões;
Sabores amargos;
De fragrâncias graves, perigosas, devastadoras.
Algo que rodopia como um tornado me levando em seu centro para onde ele se esconde;
Nos ermos do firmamento;
Nos confins do universo;
No mundo improvável onde residem os arco-íris, arrastado por centenas e centenas de sonhos fantásticos.
Um dia eu tive um mundo onírico. E em suas cores feéricas eu residia.
Mas cinzas o cobriram há muito e hoje já não mais saltam por lá as ninfas, nem os unicórnios.
São apenas dragões horrendos que se escondem por trás de suas encostas;
E o sopro do vento traz, no lugar das melodias primaveris de outrora, um odor ominoso de frutas em decomposição.
Ah, meu mundo! Que fizeram de ti? Pra onde te levaram? Quem são estes que agora vagam por entre tuas entranhas intumescidas?
Por onde andam aquelas luzes que eu buscava em minha infância, quando este mundo terrestre se tornava insuportável?
E agora, para onde vou, já que não tenho mais teu acalanto a me guiar pelas trevas?
Lentamente me foram roubando as cores da vida. E agora só vejo diante de mim o negrume de uma noite eterna e profunda que parece me espiar como um leão faminto na savana.
Se extinguirá esta perdição?
Hei de encontrar novamente o caminho para meu velho mundo,
onde nunca precisei dormir de olhos abertos?
Preso num caleidoscópio de fúrias;
Paixões;
Sabores amargos;
De fragrâncias graves, perigosas, devastadoras.
Algo que rodopia como um tornado me levando em seu centro para onde ele se esconde;
Nos ermos do firmamento;
Nos confins do universo;
No mundo improvável onde residem os arco-íris, arrastado por centenas e centenas de sonhos fantásticos.
Um dia eu tive um mundo onírico. E em suas cores feéricas eu residia.
Mas cinzas o cobriram há muito e hoje já não mais saltam por lá as ninfas, nem os unicórnios.
São apenas dragões horrendos que se escondem por trás de suas encostas;
E o sopro do vento traz, no lugar das melodias primaveris de outrora, um odor ominoso de frutas em decomposição.
Ah, meu mundo! Que fizeram de ti? Pra onde te levaram? Quem são estes que agora vagam por entre tuas entranhas intumescidas?
Por onde andam aquelas luzes que eu buscava em minha infância, quando este mundo terrestre se tornava insuportável?
E agora, para onde vou, já que não tenho mais teu acalanto a me guiar pelas trevas?
Lentamente me foram roubando as cores da vida. E agora só vejo diante de mim o negrume de uma noite eterna e profunda que parece me espiar como um leão faminto na savana.
Se extinguirá esta perdição?
Hei de encontrar novamente o caminho para meu velho mundo,
onde nunca precisei dormir de olhos abertos?