Por: Henry Evaristo
Ah, como respiro o amargo ar das madrugadas sem nada sentir a não ser o peso do tempo que se esgota!
E como são tristes minhas evoluções entre os seres que me rodeiam e que me olham com carrancas medonhas como se me quisessem tirar ainda mais do que já tiraram!
Olho para o espelho na parede gélida do quarto e vejo que de lá me espia apenas o mesmo monstro de sempre; A coisa de olhos esgazeados que é a representação de tudo o que condeno.
Perco a coragem, e emudeço de dor e angustia, diante das muralhas da iniqüidade humana, das perversões que me construíram e das quais não posso mais escapar.
Ó, Senhor! Tirai-me desta esfera maligna e lançai-me em paragens mais brandas, pois meu coração já não suporta o amargo viver deste corpo corrompido e trancafiado, tal qual abjeto criminoso, nesta prisão sem muros!
E sufoca meu pranto amargo com visões mais límpidas de um futuro outro que não a destruição de tudo por este lobo voraz que é o homem.
Mas não tenho fé, Senhor, em tua intervenção.
E se te falo agora é por puro desespero.
É em vão que uso teu nome!
E se menciono teu poder é por força de expressão.
Sim! Questiono tua onipotência!
Mas não cubras mais meu penar de dores lancinantes. Nada fiz à tua obra, nunca!
Cancela esta tua empresa insana contra teu filho, Senhor,
e clareia as nuvens do porvir.
Enquanto há tempo!
Enquanto há tempo!
E como são tristes minhas evoluções entre os seres que me rodeiam e que me olham com carrancas medonhas como se me quisessem tirar ainda mais do que já tiraram!
Olho para o espelho na parede gélida do quarto e vejo que de lá me espia apenas o mesmo monstro de sempre; A coisa de olhos esgazeados que é a representação de tudo o que condeno.
Perco a coragem, e emudeço de dor e angustia, diante das muralhas da iniqüidade humana, das perversões que me construíram e das quais não posso mais escapar.
Ó, Senhor! Tirai-me desta esfera maligna e lançai-me em paragens mais brandas, pois meu coração já não suporta o amargo viver deste corpo corrompido e trancafiado, tal qual abjeto criminoso, nesta prisão sem muros!
E sufoca meu pranto amargo com visões mais límpidas de um futuro outro que não a destruição de tudo por este lobo voraz que é o homem.
Mas não tenho fé, Senhor, em tua intervenção.
E se te falo agora é por puro desespero.
É em vão que uso teu nome!
E se menciono teu poder é por força de expressão.
Sim! Questiono tua onipotência!
Mas não cubras mais meu penar de dores lancinantes. Nada fiz à tua obra, nunca!
Cancela esta tua empresa insana contra teu filho, Senhor,
e clareia as nuvens do porvir.
Enquanto há tempo!
Enquanto há tempo!