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6.6.08

A INVASÃO DE SANTEREZ

A INVASÃO DE SANTEREZ




Um conto de Henry Evaristo



O passado está cheio de fantasmas e monstros reais. Desde a pré-história o homem vive cercado por um mundo que esporadicamente lhe propicia vislumbres de uma natureza que não é a sua e, para além disso, de uma realidade muito diversa da que lhe é familiar. Na antiguidade a sensação de que éramos rodeados por um universo invisível eventualmente capaz de esbarrar com o nosso próprio mundo gerou um dos mais bem elaborados conjuntos de crenças e mitos de que a mente humana já foi capaz. A mitologia grega agrega um código de preceitos, noções e idéias de uma abrangência tão colossal que se digna a conter expressa em suas metáforas e fábulas a própria essência da cultura e pensamento da humanidade. Na contramão deste poder imaginativo que se tingia com cores vibrantes para explicitar a psique humana e seus diversos pontos de contato com os mundos invisíveis através dos medos, deveres e honras, mas ainda assim repleta de uma criatividade belíssima em sua decadência, a idade média foi um eficiente catalisador destas “certezas incertas” que povoam o alegado imaginário humano, mas, com o florescimento das idéias racionalistas e materialistas sobre o paradigma teocêntrico, os temas metafísicos, místicos, ocultos, foram postos de lado pela força e urgência do capitalismo onde a selvageria destes mesmos homens na luta pelo estabelecimento e a manutenção de um status quo não permitiram mais que se desse espaço para conjecturas. Porém, aquele antigo mundo obscuro e assustador continua lá, no íntimo da consciência, e seus rastros podem ser bem definidos na poeira do dia-a-dia dependendo dos olhos do observador.

Existem muitas coisas estranhas e assustadoras ocorrendo nas grandes e pequenas cidades do mundo em nossos dias; escondida sob montanhas de protocolos e miríades de normas burocráticas, um pesquisador voltado para estes temas encontrará, sem sobra de dúvida, vasta coleção de acontecimentos horrendos. Eles são testemunhas mudas e renegadas das vezes em que o insólito se aproxima de nós sem que nem mesmo percebamos. Sem que tenhamos tempo de preparar nossas defesas. São testemunhas também do medo do homem em lidar com as coisas que desconhece e que sua ciência não pode explicar. Como num acordo tácito de alguma espécie de contrato social para o inominável, elas são banidas para baixo, para os porões das instituições onde permanecem esquecidas e temidas como coisas mofadas espreitando de nichos escuros. Ocorreu em Santerez, na América Central, o caso que narro a partir de agora.

II

O telefone tocou por volta das duas horas da manhã de domingo. A policial Marian Montese, grávida de seis meses, atendeu. Devia ser a décima chamada naquela madrugada e ela esperava de todo o coração que fosse apenas mais um dos costumeiros trotes passados pelos filhinhos de papai que estavam em férias na cidade. Naquela época do ano, quando as aulas findavam na capital, o pequeno município se enchia de garotos e garotas repletos de hormônios que não se davam por satisfeitos enquanto não conseguiam fazer mal ou prejudicar alguém com suas brincadeiras. Mesmo assim, Marian, sentindo já as dificuldades que um corpo mais pesado aliado à perda de sono ocasionava, torcera até o último momento para que o sujeito do outro lado da linha fosse apenas mais um moleque cheio de espinhas que gostasse de gemer ao telefone. Nem se preocupou em cuspir fora os sucrilhos com leite que estivera devorando poucos segundos antes. Atendeu com a boca cheia e mal conseguiu pronunciar “delegacia de polícia”. Ouviu em retorno apenas um pouco de estática e silêncio. Desligou sentindo-se aliviada por ter sido atendida em mais aquele seu pequeno desejo e ia dirigir-se novamente à copa quando o telefone tocou novamente.

Do lado de fora do pequeno prédio um vento tímido começara a soprar por volta das seis da tarde e agora tornara-se de uma frieza incômoda passando a uivar nos cantos externos das paredes e por entre as frestas das janelas. Havia apenas um agente de plantão no balcão de atendimento ao público no andar térreo. Lém disso, duas viaturas estavam fazendo ronda pelas ruas mal iluminadas do município.

Ela avançou para o aparelho mais uma vez e antes que pudesse alcançá-lo a campainha silenciou.
“Malditos riquinhos” Pensou. Em sua mente, apenas os filhos dos mais ricos eram capazes de gastar o dinheiro dos pais em ligações telefônicas inúteis numa comunidade carente como aquela. Por outro lado, àquela hora os filhos das classes baixas da cidade já deviam estar todos dormindo encolhidos sob suas cobertas desgastadas após terem passado boa parte da noite ouvindo estórias assustadoras por conta da véspera do dia de todos os santos.

O interfone tocou na parede da porta de entrada; um som estridente e agudo ressonou nas paredes atulhadas de cartazes e lembretes invadindo o silêncio da madrugada como uma estranha profanação. Marian girou nos calcanhares e correu para atender antes que a campainha voltasse a agredir seus ouvidos. Era Esteban, o agente da recepção. Sentia-se solitário e perturbado pela visão que tinha de seu balcão. A entrada do edifícil dava para o início do parque ecológico da cidade; àquela hora uma floresta escura e brumosa.

“Está tudo bem aí?” Disse ele por sobre o barulho do vento.

“Tudo certo aqui no alto. Como estão os vaga-lumes do parque ai embaixo?” Respondeu a agente.

“Ah, engraçadinha! Nem me fale. Esse bosque aqui é de arrepiar!”.

Esteban era novato, viera transferido da capital há apenas três semanas. Não se acostumara ainda com os bucolismos do interior.

“Não se preocupe. No máximo Velásquez, o bêbado do bairro, deverá aparecer pedindo abrigo contra o frio ainda antes das cinco da manhã.” Disse Marian e faz menção de desligar mas o agente da recepção a chamou novamente.

“Se precisar de qualquer coisa me chame, ok? Estarei a noite inteira por aqui!” Disse isso com a maior dose de sarcasmo que o avançado da hora o permitiu, e desligou.

Marian ficou ainda um instante com o fone na mão, depois colocou-o na base e foi até a janela. Do terceiro andar ela podia ter uma visão mais ampla do parque municipal. Era uma imensa área de floresta densa que o governo nacional tombara como patrimônio histórico e desde então passara a preservar da maneira mais natural possível. Ninguém podia entrar a não ser funcionários e visitantes em grupos com hora marcada. A agente sabia da existência de um posto avançado de vigília; uma cabana de madeira embrenhada em algum ponto no meio da floresta e construída sobre os galhos de uma grande árvore. Em algumas noites, quando o tempo fechava de verdade e as estrelas desapareciam do céu, ela podia ver uma tênue luminosidade elevando-se do meio das copas verdes no horizonte; eram as janelas do posto iluminadas por lampiões de querosene.

Por outro lado, conhecia uma meia dúzia de funcionárias da polícia urbana que costumavam ir até lá farrear com os guardas florestais. Ela mesma andara saindo às escondidas com um deles pouco depois de conhecer seu marido, mas antes de apaixonar-se por ele. Mesmo assim se arrependia deveras por nunca ter se embrenhado na mata com o federal bonitão. Agora, casada e com um filho para nascer, esforçava-se para esquecer as brincadeiras do passado e, mesmo amando o companheiro, não reclamar pelas coisas que deixou de experimentar.

O telefone de emergências tocou novamente.

Ela dirigiu-se lentamente para o aparelho em cima de sua mesa esperando que ele parasse de tocar. Mandar viaturas para averiguar denúncias falsas de marginais tentando invadir residências de garotos dentuços era tudo o que ela não precisava em sua última noite de trabalho antes da licença maternidade.

Irritada ela sacou o fone do gancho. “Delegacia de poli...” Tentou dizer, mas uma voz alta e distorcida a interrompeu.

“Aqui é do pos... Estamos... De aj... Aqui!”.

Marion não conseguiu entender do que se tratava.

“Delegacia de polícia de Santerez. Posso ajuda-lo?”.

Mesmo sabendo que devia ser um trote, a agente tinha o dever de tentar obter o máximo de informações sobre toda e qualquer ligação; sobretudo no meio da madrugada.

Os ruídos no outro lado da linha silenciaram de repente. Depois a voz tornou a gritar.

“Ajuda!”

Era uma voz masculina; adulta. E Marian não mais pensou que se tratasse de um trote.
“Enviaremos ajuda, senhor. O que está havendo? Pode falar mais? Se não puder desligue e ligue novamente para eu saber que está me ouvindo. Pode fazer isso?”

Por alguns segundos não houve qualquer sinal de que o outro lado houvesse entendido o que Marian dissera. Depois, no entanto, a voz soou de novo. Era apenas um sussurro mas trouxe com ela a impressão de que algo muito errado estava realmente em andamento.

“Marian? É você?”

“Policial Marian falando. Positivo. Quem é?”

Novamente os ruídos tomaram conta da ligação. A agente olhou pela janela e viu que o vento uivante de outrora dera então vez a uma chuva torrencial.

“...uma coisa horrível... aqui...” Falaram do outro lado. “Ajuda, ajuda! Ibanez! Ibanez!”

Marian sentou-se em sua poltrona. A voz do outro lado da linha era de Camillo Ibanez, o guarda florestal com quem traíra seu marido. Sentiu um impulso de desligar mas, por outro lado, a voz do homem parecia tão desesperada que algo realmente grave poderia estar acontecendo.

“O que há, Ibanez?”

A resposta soou distante e desconexa em meio a um turbilhão de estática. A qualquer instante a ligação iria cair.

“Há mortos e feridos aqui! Precisamos de ajuda!”

“Ibanez, você está no posto do parque? Confirme!" Marian percebeu que estava quase gritando sem querer. Seu coração saltara com a última informação.

“Ibanez!” Gritou ela. Está no parque? No posto de observação? Confirme por favor!

“No posto! No posto!". A voz desesperada de Ibanez causava arrepios em Marian.

“Você precisa me dar mais informações!”

“Mande socorro, merda!”

“Ibanez, aguarde na linha!”

O desespero de Ibanez tomara conta da agente. Trêmula, ela pegou o rádio comunicador.

“Todas as viaturas! Ocorrência com vítimas no posto de vigília no interior do parque municipal. Entendido? Confirmem!”

De algum ponto longínquo o rádio respondeu. Eram Castro e Gutierrez.

“Central, confirme o local da ocorrência, por favor?”

“Parque ecológico municipal, posto de vigília!” Gritou Marian. Estou com um dos guardas na linha. Algo grave aconteceu por lá. Confirmem!”

“Entedido. A caminho!”

Marian largou o rádio e retomou o telefone. Estava desligado. No mesmo instante o interfone chamou novamente da porta de entrada da sala. O som abrupto do aparelho, que antes apenas incomodava e irritava, agora lhe provocou um grito de pavor. O mais rápido que pôde ela se dirigiu até ele mas, antes de atendê-lo, um calafrio percorreu todo seu corpo.

A voz calma de Esteban quase soava como um alívio para toda aquela tensão.

“Olá, Marian!”

Ela o interrompeu.

“Esteban. Há algo acontecendo no parque.” Estou monitorando a vítima e as viaturas agora. Enviei todas para o interior da floresta. Tudo bem aí embaixo?”

Neste momento o rádio comunicador soou em cima da mesa com um ruído agudo e áspero que espalhou a voz terrível do guarda florestal por toda a sala deserta. Estava mais nítida agora.

“Marian!” Gritou Ibanez de seu posto de observação no meio da floresta.

“O que há com este parque hoje?” Perguntou Esteban no interfone.

“Esteban, o que quer dizer? Aguarde, por favor!” Pediu Marian.

“Marian!” Gritou a voz desesperada no rádio amador. “Eles saltaram das sombras das árvores. Marian!!!”

“Você não sabe da maior!” Disse Esteban do andar térreo.

“Esteban, tenho que atender o rádio! Aguarde!” Gritou Marian.

“Eles são... Como feras! Mataram os homens! Não sei para onde foram. Desapareceram!” Berrou a voz no rádio.

Marian soltou o interfone e correu em direção ao outro aparelho agarrando-o com toda força. Sentiu uma fisgada forte no abdome.

“Ibanez! Repita por favor!”. Gritou ela.

“Eles saltaram da escuridão depois do por do sol e nos atacaram. Acho que são como animais! Sorveram o sangue dos outros guardas.”

No interfone, largado fora do gancho e oscilando de um lado para o outro na parede, Esteban chamou.

“Marian, olá!? Há três sujeitos parados do outro lado da rua aqui embaixo! O que devo fazer?” Disse ele mas só conseguiu ouvir como retorno a voz distante da colega falando no rádio amador.

"O que você está dizendo, Ibanez? Não entendo! O que houve?” Gritou a agente.

“Eles são muitos! Não sei quantos são! Peça reforços imediatamente! Não são pessoas normais!”

“O que?” Disse Marian começando a ter os sentidos entorpecidos pela loucura que presenciava.

“Sabe o que é engraçado, Marian?" Disse Esteban ao interfone pela última vez. "Estes caras saltaram de dentro do parque e simplesmente estão parados lá fora.” Mas não foi ouvido.

“As viaturas chegaram! Vou descer...” Disse Ibanez no rádio amador. Mas Marian não lhe deu mais atenção. Havia um barulho estranho vindo do corredor. Eram como silvos, sibilos de serpentes que avançavam até a sala vindos do elevador e das escadas.

A agente correu até o interfone. Estava mudo.

“Esteban! Esteban! Está me ouvindo? O que houve ai embaixo?”

Mas o policial não respondeu. Não havia, naquele momento, mais ninguém na recepção do prédio. Havia apenas um cadáver exangue que era arremessado pelas paredes por seres de pesadelo que saltaram abruptamente das sombras do bosque e avançaram ferozes para a cidade adormecida.

Marian soltou o interfone ouvindo estalos na madeira da porta misturados a rosnados furiosos que vinham do lado de fora de sua sala. Era como um bando de cães raivosos que, de repente, invadissem a central de polícia.

Naquele momento, daquela mesma forma surpreendente, centenas de outras famílias da cidade já haviam sido chacinadas; massacradas por uma força sobrenatural que tomara formas humanóides naquela noite fria de inverno e se esgueirara para fora de lugares escuros nas profundezas das matas. Muitos cidadãos de santerez, em desespero extremo, ainda conseguiram chegar aos seus telefones mas somente para descobrir, no último instante, que eles estavam mudos.

Marian não conseguiu sacar sua arma; nem pôde lutar por sua vida e pela de seu filho. Não houve tempo para tentar fugir quando as janelas do escritório estouraram deixando entrar o ar frio da madrugada e um grupo feras assassinas enlouquecidas pelo cheiro do sangue da criança que a agente carregava em seu ventre. Naquele momento seu marido, Tomás, já estava morto assim como todo o restante de sua família.

Não houve mais nada além de sofrimento nos últimos minutos de vida de Marian Montese. Ela não viu as hordas tenebrosas que saltitaram para fora do parque e marcharam rumo ao centro da cidade; não pôde alertar ninguém para o que estava ocorrendo e também não teve tempo de chorar por seu filho. As criaturas, ao contrário, tiveram todo o tempo necessário para agir ao seu bel prazer com as vidas que tomaram naquela sala do terceiro andar. E ficaram à vontade para se servir de tantos quantos encontraram naquela noite terrível.

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